Parece ser um mito, né? Será que existe falso ou falsa magra? Eu vou explicar… leia até o fim. Tudo será esclarecido.
Existem muitas técnicas disponíveis para avaliação da composição corporal. A densitometria de corpo inteiro é uma técnica muito interessante para avaliação da massa magra e massa de gordura. Atualmente é muito pouco explorada por médicos, mas eu adoro solicitar e acompanhar meus pacientes por ela. O motivo?
É o melhor exame. O mais fidedigno e preciso.
Vamos comparar alguns métodos:
DEXA (densitometria): Vantagens – Tempo, custo, radiação baixa, dados regionais, separa tecido ósseo de massa magra. Mas não mede gordura muscular. Não importo.
TC e RNM: Perde porque tem Custo mais alto e radiação alta na TC.
BIOimpedância: Custo e tempo efetivo, mas perde em acurácia e separação de tecido e detecção de gordura intramuscular. Mas é ótimo fazer nos consultórios. Eu tenho duas balanças maravilhosas no consultório. A maioria dos pacientes que fazem ficam muito, muitíssimo preocupados com o percentual de gordura.
Exame físico: Custo e tempo efetivo, é a medicina de alto nível. Mas perde em acurácia e precisão.
Nem todo densitômetro faz composição corporal, é preciso de um software específico na clínica. A Radiação da densitometria é semelhante à do meio ambiente. Logo, muito seguro no sentido de exposição radiológica.
Na densitometria o paciente é dividido em vaaaaaários compartimentos. A Gordura total é expressa em kilos ou percentuais. O conteúdo mineral ósseo é medido em quilos. Avalia a massa magra total (músculo, água e vísceras). Para analisar musculatura esquelética avalia mais braços e pernas.
Para avaliar gordura corporal com mais precisão usamos o “Fat Mass Index” (FMI) é a gordura total dividido pela altura ao quadrado (é um “IMC” mais específico além de diferenciar valores de referência para os diferentes sexos).
Avalia também a diferença entre a gordura androide (maça – barriga) e a ginóide (pera – glúteos).
Se usarmos a gordura androide e tirar o subcutâneo avaliamos a gordura visceral que é a inflamatória e pode causar diabetes, mas infelizmente ainda não é um ponto de corte. Iremos avaliar o valor de acordo com o percentil 50 da população (infelizmente só temos da população caucasiana).
Quanto menos gordura visceral melhor. Aí que podemos encontrar também os falsos magros, as falsas magras. Será que você se encontra neste diagnóstico?
Na avaliação da massa magra apendicular (membros, exclui o tronco porque é rico em água e vísceras) fazemos o índice de Baugmgaurtner (pega massa apendicular e divide pela altura ao quadrado). Estuda, por exemplo, pacientes com risco de sarcopenia. Depois disso, comparamos com uma curva de normalidade.
Importante destacar que o conteúdo mineral ósseo é dado apenas em quilos.
Aplicação clínica e Indicações:
- Avaliar status nutricional
- Acompanhamento pré e pós operatório de cirurgia bariátrica
- Após variação de 10% do peso ou após 12 semanas
- Anorexia nervosa ou doenças inflamatórias intestinais.
- Idosos no complemento do diagnóstico de sarcopenia (atenção: para sarcopenia a diminuição de força muscular é muito mais importante).
Para agendar sua consulta, clique neste link. Minha assistente médica é a Aninha e você conversará diretamente com ela.
